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Mecanismo de ação

A DOX tem uma actividade antineoplásica através do bloqueio do ciclo celular [2].  Muitos estudos atribuem esta ação à sua capacidade de se intercalar na hélice do DNA e/ou ligar-se covalentemente às proteínas envolvidas da replicação/transcrição, como é o caso da topoisomerase II, cuja inactivação pela DOX resulta numa quebra em ambas as cadeias do DNA. [2,6]. Tais interações resultam na inibição de síntese de DNA, RNA e proteínas, resultando cumulativamente em morte celular. [2,6]

Sabe-se também que a DOX provoca a quelatação do ferro e formação de espécies reactivas de oxigénio, que causam stress  oxidativo e peroxidação lipídica. No entanto, existem poucos dados que impliquem a peroxidação lipídica nos efeitos anti-tumorais das antraciclinas, estando este mais associado à toxicidade dos tecidos saudáveis  [5] 

Este é um dos factores que restringe o uso clínico da DOX, pois embora seja dos anti-cancerígenos mais eficazes atualmente conhecidos, a sua toxicidade dependente da dose, assim como a emergência de resistência aos fármacos e baixa especificidade para as células cancerígenas tornam-se motivo para alerta. Atualmente, a nanotecnologia tem-se revelado uma alternativa promissora para ultrapassar estas limitações na terapia do cancro, e tem mostrado redução dos efeitos secundários sistémicos e aumentado a eficácia terapêutica dos fármacos.  [7]

Fig. 2: Esquema de intercalação da DOX no DNA.[8]

UC: Toxicologia 12/13

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